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“A doação de órgãos é um ato de amor, solidariedade e respeito pela vida.” Foi com essa frase que o deputado Gilmaci Santos, vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), iniciou o texto do projeto de lei 245/2014, que requeria que fosse instituído o “Setembro Verde”, mês da doação de órgãos no Estado de São Paulo. O projeto foi aprovado e virou a Lei 15.463/2014.
O Brasil é referência mundial em transplantes e possui o maior sistema público do mundo atuante nesse sentido. Quem necessita de um transplante em nosso País, aguarda em lista única, monitorada pelo Ministério da Saúde de acordo com critérios que envolvem compatibilidade e estado do paciente, entre outras coisas.
O SUS fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser doados coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino,rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas.
“É fundamental incentivar a doação e levar a informação correta à população sobre o verdadeiro intuito do transplante de órgãos e tecidos, pois, quanto mais se conscientizarem da importância de se tornar um doador, menor será a angustiante fila de espera por um transplante”, afirma o deputado Gilmaci Santos.
Vale destacar que 27 de setembro marca o Dia Nacional de Doação de Órgãos, e o verde é a cor internacional de órgãos.
Se você deseja ser doador de órgãos e tecidos, a primeira coisa a fazer é avisar a sua família sobre a sua vontade.
É importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares possam autorizara doação e retirada dos órgãos e tecidos.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). É preciso conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto, deixando clara sua intenção de doar.
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos. A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é justamente nesse momento de perda que o sofrimento pode ser transformado em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que aguardam em lista de espera por um transplante de órgãos ou tecidos.
No Brasil, a retirada de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar. Assim, mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece se a família autorizar. Dessa maneira, se a família não autorizar a doação, os órgãos não serão retirados e a oportunidade da realização dos transplantes, tirando pessoas das listas e devolvendo a vida ou a qualidade de vida, será perdida.
A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada, é fazer com que a família saiba sobre do desejo de doar do parente falecido. Na maioria das vezes os familiares atendem a esse desejo, por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar, mas sua família precisa saber sobre o seu desejo de se tornar um doador após a morte, para que possa autorizar a efetivação da doação.
A doação consentida é a modalidade para a doação que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes.
Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro o desejo de doar!
Depois da confirmação da morte encefálica a família é entrevistada por uma equipe de profissionais de saúde, para informar sobre o processo de doação e transplantes e solicitar o consentimento para a doação. Após a manifestação do desejo da família em doar os órgãos do parente, a equipe de saúde realiza outra parte da entrevista, que contempla a investigação do histórico clínico do possível doador. A ideia é investigar se os hábitos do doador possam levar ao desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor.
Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. A entrevista é essencial para a que a equipe possa avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde. para a que a equipe possa avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.
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