Ainda é difícil digerir a eliminação precoce da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina. O empate sem gols contra a Jamaica não só acabou com o sonho da primeira estrela, mas também evidenciou problemas no desempenho dentro de campo e divergências sobre o trabalho de Pia Sundhage. O que resta agora é pensar no futuro.
“Que as pessoas no Brasil continuem apoiando”, diz Marta, após eliminação da seleção na Copa do Mundo feminina 2023
O planejamento passa por aproveitar para fazer uso da palavra mais utilizada nos últimos quatro anos em respaldo às escolhas que a sueca fazia em suas convocações: renovação. Mesmo sem a certeza de que Pia seguirá no comando na equipe, uma coisa é inevitável: a preparação para a próxima Copa do Mundo, em 2027, começa em um novo desafio chamado Olimpíada de Paris.
A mescla de experientes e novatas ainda será necessária os Jogos Olímpicos. Aos 37 anos, Marta anunciou que não joga mais a Copa do Mundo, mas não se manifestou sobre seguir na seleção até Paris. Kathellen (27), Luana (30), Andressa Alves (30), Adriana (26), Bia Zaneratto (29) e Debinha (31), por exemplo, são personagens ativas durante o último ciclo, mas oscilaram bastante no Mundial.
Na defesa titular, Rafaelle (32) e Tamires (35) foram bem avaliadas. Mas agora devem ceder mais espaço a novos nomes. Criticadas na lista de Pia Sundhage da Copa do Mundo, Bárbara (35) e Mônica (36) não devem continuar nos planos futuros do Brasil.
De olho em 2027
Quem não chega lá: Marta (37), Bárbara (35) e Mônica (36)
Quem dificilmente chega lá: Rafaelle (32) e Tamires (35)
Podem fazer parte do ciclo: Letícia Izidoro (28), Kathellen (27), Luana (30), Andressa Alves (30), Adriana (26), Bia Zaneratto (29), Debinha (31), Geyse (25), Gabi Nunes (26) e Antônia (29)
A nova geração: Lauren (20), Ary Borges (23), Kerolin (23), Camila (22), Tainara (24), Bruninha (21), Duda Sampaio (22), Angelina (23), Ana Vitória (23), Nycole (23) e Aline Gomes (18)
O ciclo para a Copa do Mundo de 2027 deve responder ainda mais à integração entre as categorias de base. A presença de Lauren na Austrália é exemplo desse trabalho. Com desenvolvimento em todas as divisões da Amarelinha, a zagueira de 20 anos parecia não sentir o peso da competição e fez uma excelente partida contra a França, por exemplo.
“Não será um caminho fácil. Mas é necessário uma renovação neste recomeço”, analisa a comentarista Alline Calandrini.
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